terça-feira, 6 de janeiro de 2015


Tudo tem bifurcações, tudo tem dois lados, e nem sempre tudo é realmente tudo mesmo.
É difícil escolher um lado, é complicado optar por algo aquem de outrem. Tem lados que te puxam mais forte, tem lados que te puxam e te retraem... 
Todas as escolhas de lados deveriam ser mais fáceis, como a escolha de que lado da colher usar, todo mundo sabe que o lado mais propício é o lado mais côncavo, que o lado raso vai derrubar tudo até chegar a boca, mas ninguém sabe qual o lado mais propício do coração, ninguém sabe o lado mais fundo e o mais raso, até experimentar, e nessa escolha de lados a gente pode acabar errando e escolhendo o lado raso, que no final das contas nem chegou até ao coração.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vamos Brincar de Gangorra, Meu Amor?

Quando um está mal, o outro deve estar bem.

Quando um está irritado, o outro deve ser paciente.

Quando um está cansado, o outro deve encontrar disposição.

Quando um adoece, o outro deve mostrar saúde.

Quando um se envaidece de razão, o outro deve ser humilde no
cuidado.

No casal, as fraquezas não podem convergir. Não podem ocorrer
simultaneamente.

Se vê que sua parceira explodiu, escolha um momento distinto
para desabafar e reclamar. Recue de sua catarse. Deixe para o
dia seguinte. Ela nem irá ouvi-lo no acesso de cólera.

Quando os dois decidem ser a parte mais fraca do relacionamento, os laços sucumbem.

Não podem ocupar o mesmo papel, o mesmo script. Só há vaga para um protagonista em cada crise. Alguém terá que ser coadjuvante.

Dois vilões no mesmo filme geram divórcio.

A alternância é o segredo da convivência. Mudar de lugar sempre, analisar quem mais precisa e ceder se for necessário.

O que traz estabilidade é a gangorra: quando a mulher cai, o
homem estende o braço, quando o homem vacila, a mulher acode.

A separação acontece quando duas chagas conversam procurando
mostrar qual é a mais funda. É quando duas feridas travam uma
guerra buscando sangrar mais, e nenhum dos lados estanca a
própria carência.

O sofrimento acentua o orgulho, a dor agrava a cegueira, a
ansiedade de resolver logo a discordância apenas abre a porta
para o fim.

É uma disputa do desespero, e o casal se afoga nas mágoas. Não
haverá sequer um salva-vidas acordado.

Ainda que sobre paixão, ainda que reste confiança, nada segura
o momento em que os dois coincidem em enlouquecer. A loucura
exige troca de plantão.

O casal é capaz de destruir uma história linda e promissora por
uma noite de fúria.

A esposa e o marido se transformam em crianças, e crianças
abandonadas em casa berrando e com medo. Tentarão gritar alto
para chamar os vizinhos e denunciar os maus-tratos. E vão se
indispor e se ofender tanto, e vão se provocar e se agredir tanto, que depois é difícil cicatrizar.

Um tem que ser adulto na hora do pânico. Um tem que ser responsável. Um tem que ser forte o suficiente para preservar as fraquezas do amor.


- Fabrício Carpinejar -

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Nunca


Nunca diga não pra mim
Eu não vou poder trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim
Seja sempre assim
Por favor me dê um sinal
Um cartão postal, um aval dizendo assim
'Não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
Entre o não e o sim, só me deixe quando
o lado bom for menor do que o ruim'
Nunca se esconda assim
Eu não vou saber te falar, te explicar que
Eu também me assusto muito
Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais
Que pensam demais
Logo mais, vou correr atrás de ti.
'Não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
Entre o não e o sim, só me deixe quando
O lado bom for menor do que o ruim'

- A Banda Mais Bonita da Cidade -

terça-feira, 2 de abril de 2013

Fragilidade das Coisas



"Andei pensando no quanto somos frágeis. Uma simples gripe nos torna fracos. Uma palavra mal empregada nos abate. Um abraço não dado nos faz sofrer. Um sentimento não vivido faz a gente perder a esperança.

Tenho um pouco de medo da duração das coisas. Antes, eu acreditava no eterno. Mas depois de tantos percalços, tantas coisas perdidas e tantos nãos guardados no bolso eu já não sei mais. Não sei se ainda existe a sinceridade. No ato, no fato, no tato.

Sempre gostei de ser verdadeiro, mas não sei até onde isso me leva. Não, eu não quero levar vantagem em nada. Só quero a reciprocidade, a sinceridade do outro como recompensa. Ando frustrado ao constatar que amigos verdadeiros posso contar apenas em uma mão. E, ainda assim, não sei se posso ser verdadeiro com eles. Uma palavra atinge, fere, frustra, repele.

Eu digo o que penso e defendo quem amo. Meu jeito é esse. Minha forma de agir é essa desde que nasci. Não sei se isso é certo, errado ou legal, mas não conheço outra forma de ser. Todo mundo vai nos decepcionar um dia. já me decepcionaram, já decepcionei, mesmo sem querer. E a vida segue assim. Só não entendo como uma pessoa não pode ser ela mesma com outra sem causar algum constrangimento ou não satisfação. Acho que tudo é equilíbrio: eu tento te entender, você tenta me entender. Eu procuro me colocar no seu lugar, você procura se colocar no meu. Se eu vejo que passei do ponto peço desculpa, se você vê que passou do ponto você pede desculpa. Ninguém é sempre santo ou sempre devasso. Ninguém é dono da verdade, nem melhor que ninguém. Por isso, a gente guarda a arrogância no fundo do peito, engole o orgulho e dá o primeiro passo. Alguém tem que dar o primeiro passo, não é mesmo? Mas quer saber? Eu cansei de sempre dar o primeiro passo. Sei perdoar. Ou pelo menos me esforço pra isso. Tento me perdoar, tento te perdoar. Então eu pergunto: e você? Você sabe?

Lido com meus erros, com minha impaciência, com minha chatice, com minha imperfeição, com minha inveja, com meus sentimentos mundanos e não tão nobres. E você? Estou longe de ser a pessoa mais bacana do mundo, mas realmente fico feliz com sua alegria, com sua satisfação. Você fica com a minha? Você torce mesmo por mim? Você vibra com meus passos certeiros?

As relações são muito frágeis. As amizades, mesmo longas e firmes, são muito frágeis. O amor, por mais forte que seja, é muito frágil. Porque todo mundo se magoa, se fere, se atinge. Mesmo sem querer. Mas o que importa é o que a gente faz com isso, como a gente lida com a situação. O que importa é a gente querer fortalecer as coisas. Com clareza, maturidade e entendendo que não existe lado A ou B: todo mundo está do mesmo lado."

- Clarissa Corrêa -

segunda-feira, 25 de março de 2013



Tem tanto para ser visto lá fora. E tem tanto para conhecer aí dentro. A gente guarda dentro do peito e da mente segredos cheios de cor. É importante abrir todas as gavetas internas, descobrir cantos escondidos, novos caminhos. Não precisa ter medo, nada de ruim vai chegar perto. Basta deixar fluir, acontecer, amadurecer.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Estou Cansado


"Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa."

- Fernando Pessoa -

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

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-Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
-Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
-Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
-Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
-Mas eu não quero me encontrar com gente louca,observou Alice.
-Você não pode evitar isso, replicou o gato.
-Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco,você é louca.
-Como você sabe que eu sou louca? indagou Alice.
-Deve ser, disse o gato, Ou não estaria aqui.



Alice, my little girl, there is no other in this whole wide world,
take me by the hand, tell me you understand,
Alice, Alice in wonderland.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sinais


Começamos bem, com letra maiúscula e tudo, demos a pontuação necessária a cada acontecimento, mas com o passar do tempo começamos a nos perder nessa pontuação...

Era reticencia demais, era etc pra muitas respostas, era uma interrogação no meu peito, era uma exclamação no meu rosto, e uma indagação em minha mente.

E nos perdemos em meio a gramática da vida, cheia de acentos, hifens, tremas. É, fomos perdendo espaço, e eu, eu fui ficando guardado na gaveta, abaixo das suas revistas, abaixo da sua vida e do seu interesse, fomos virando uma equação, uma equação que já não mais somava, só decrescia.

Usei aspas e travessões ao redigir seus caracteres em minha mente, e você, você me usou apenas, não tive pontuação nenhuma em troca, não tive um misero acento, não tive nada.

Questionei, exclamei, não obtive resposta, é hora de se apegar a um novo sinal, o ponto, o ponto final.

Nosso amor teve muitos silêncios e muitas vírgulas, cheguei a engasgar em meio a tantas reticencias...

"E de tanto disfarçarmos colocando vírgulas e reticencias no lugar de ponto final, que nossa história tornou-se confusa e sem sentido."

Detesto essas histórias sem fim, afinal, todo mundo precisa de um ponto final para poder começar um novo parágrafo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As proporções das redes sociais

   As redes sociais vêem exercendo papel fundamental nas circunstâncias atuais; tanto que exacerbaram o limite entre se estar conectado ou não. A era da tecnologia está tomando proporções gigantescas, onde a facilidade de comunicação é tanta que ocorre em tempo real. Mas com todos estes prós da internet, também temos os contras, pois além de facilitar a comunicação, a internet pode acarretar vários problemas pela exposição que a mesma gera.

   A grande mazela das redes é a superexposição que sem se dar conta o internauta participa. Atualmente a nova rede conhecida como twitter tem deixado-os de forma que compartilham suas vidas sem se perceber que todos tem acesso aos seus perfis e acabam divulgando informações de suma importância onde pessoas mal intencionadas podem tirar proveito.
   
   A desenfreada proporção tecnológica atingiu todas as faixas etárias, pois se encontram crianças e idosos on-line.
Inúmeros são os casos onde a imagem de outrem é denegrida perante os demais internautas; as redes alavancaram a comunicação entre familiares, amigos, fonte de pesquisa, porém acarretaram também o mau uso da mesma.

   Viver conectado atualmente é viver perigosamente, pois nunca se sabe realmente a que perigo acabarás sendo exposto.

   Para se manter conectado e com segurança deve-se ficar atento aos detalhes, não publicar dados importantes de sua vida, não manter contato com pessoas desconhecidas, não entrar em sites com conteúdo duvidoso; assim poderemos utilizar a facilidade que as redes nos trouxeram, interagir com quem nos faz bem, e não esquecendo, tudo isso com segurança.

-redação enem 2011-

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Seja Diferente

" Nos dias de hoje, a palavra “diferente” tornou-se símbolo de algo inovador ou fora do quadrado. Refere-se também a coisas e pessoas que fogem ao padrão. Mas o que é ser diferente? E mais... O que é ser normal?"




domingo, 21 de outubro de 2012

Um dia é preciso parar de sonhar...

...tirar os planos da gaveta e, de algum modo, começar.

 Mas como começar? Começar não é tão simples. Precisamos mudar para começar. E a mudança sempre implica uma perda. Temos que abdicar de algo para mudar, para fazer um novo começo. Começos exigem preparação psicológica. Começos e mudanças assustam. Não basta ter um plano, foco, projeto, sonho. Tem que ter vontade também. E força de vontade. Energia. Força interior e coragem. Acho que a palavra-chave é coragem. Arregaçar as mangas e dizer pra si mesmo "vou encarar". Não basta querer.

Dizem que querer é poder. Não concordo. Vontade não é tudo, é importante, fundamental, uns 30%. Mas não basta. É somente um passo. O resto é coragem.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Traíra


Venha, não tenha medo. É só o mar. Não, eu não sei nadar. Eu te ajudo, vem. Confia, vem. Estica a perna assim, abre o braço assim. Respira assim. Vem. Mas eu não sei. Mas eu tô aqui. Olhe meus olhos tão arregalados, como posso guardar mentira aqui? 
Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir.
Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. Afoga um pouco no começo, cansa, desespera. Mas você quer como eu quero? Quero. Então eu te ajudo. Vem. Isso. Segura em mim. Paz. Azul
Agora, você está quase conseguindo. Falta só metade. Você está quase chegando, mas eu vou decepar a sua cabeça pra usar de bóia. Eu também não sei nadar... 

-Tati Bernardi-

terça-feira, 24 de julho de 2012

Infinito Particular

Algumas pessoas mantêm relações para se sentirem integradas na
sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas,
para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com
outra pessoa; à vontade para concordar com ela e discordar dela, para
ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar,
pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de
mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você
prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país
distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos
dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se
produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara
lavada e bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas
suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças
que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem
demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num
momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de
melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico,
para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho
e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo,
cientes de que o mundo não se resume aos dois.


- Drauzio Varela -

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Chutando o Balde




Chutei o balde. Bem chutado. Assim, chutado, chutadíssimo.  Nem Romário daria tão belo lance. Certeiro, com força; mandou o maldito pra bem longe. Coisa rápida, veja bem. Foi em uma daquelas sinucas de bico, que o jogo vira nos quarenta e cinco do segundo tempo e precisa-se pensar na velocidade da luz. Me saí bem, admito. Chute mais certeiro não haveria de ter dado. Foi-se, e nem quero saber onde ele parou.
Já chutei o balde outras vezes. Digamos que é relativamente fácil. Adquire-se prática com o passar do tempo. Alguns chutes vêm em fórmulas depois de certo período. Em algumas ocasiões é tão fraca a jogada que nem se percebe que foi cometido o ato novamente. Variações para um mesmo resultado, confesso.
O que ninguém nos conta é que é muito mais difícil chutar o balde quando ele contém água dentro. É amigo, isso faz toda a diferença – nem queira saber. Desperdiçar essa água, por si só, já é um pecado.  Era pra ela ficar ali, guardadinha, pra mais além aumentar de volume… Mas não, fui forçado a jogar ela fora, e assim, num de repente! Se fosse aos pouquinhos ainda era mais fácil, com jeitinho tudo se ajeita, não é mesmo? E a água, sendo arrancada violentamente do seu recipiente, ficou jogada pelo caminho, o que não significa que ela secou. Deixar ela assim, viva e abandonada, me causa tanta pena.
Embora, sei bem eu, ela há de secar. Mais dia, menos dia…
O problema é que o balde tende a querer trilhar o caminho de volta. Aham! Nos força a enviá-lo pra onde Judas perdeu as botas e depois quer desfazer todo o esforço. Ah, balde. Assim enfraquece a amizade… Pois bem, ao coitado só desejo boa sorte: vai que nessa volta ele consiga encontrar a água que desprezou. Ou pelo menos o que restou dela.
Não sei, mas ando pensando em encher meus próximos baldes com Vodka.

- Por Karen Rodrigues -

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A farsa



Dá muito trabalho manter as aparências e agir naturalmente. A coisa não é bem assim como você pensa, nem tudo passou, nem tudo é leve e tranquilo. Tem muita reviravolta no peito, mágoa quebrada no estômago, azedume que não passa e queima a garganta. Tem muita dor guardada no infinito, tem muito a remendar, tem a lamentação pelo não dito.

A gente teima em não dar o braço a torcer, tenta virar a mesa, implora pra não sofrer. Não adianta, a culpa atormenta o peito, sacode as janelas, invade a sala, o quarto, os buracos e frestas. A gente se contorce por dentro, tenta acalmar o pensamento, vira para lá e para cá, tenta achar o que já foi perdido faz tempo.

E a gente mente tanto dizendo que tá tudo bem, que tá tudo em paz, que passou, que não dói mais, que já virou lembrança distante. No fundo ainda dói de uma forma bagunçada, revirada, transtornada. Mas isso ninguém vai saber.


- Clarissa Corrêa -