Começamos bem, com letra maiúscula e tudo, demos a pontuação
necessária a cada acontecimento, mas com o passar do tempo começamos a nos
perder nessa pontuação...
Era reticencia demais, era etc pra muitas respostas, era uma
interrogação no meu peito, era uma exclamação no meu rosto, e uma indagação em
minha mente.
E nos perdemos em meio a gramática da vida, cheia de
acentos, hifens, tremas. É, fomos perdendo espaço, e eu, eu fui ficando
guardado na gaveta, abaixo das suas revistas, abaixo da sua vida e do seu
interesse, fomos virando uma equação, uma equação que já não mais somava, só
decrescia.
Usei aspas e travessões ao redigir seus caracteres em minha
mente, e você, você me usou apenas, não tive pontuação nenhuma em troca, não
tive um misero acento, não tive nada.
Questionei, exclamei, não obtive resposta, é hora de se
apegar a um novo sinal, o ponto, o ponto final.
Nosso amor teve muitos silêncios e muitas vírgulas, cheguei
a engasgar em meio a tantas reticencias...
"E de tanto disfarçarmos colocando vírgulas e reticencias no
lugar de ponto final, que nossa história tornou-se confusa e sem sentido."
Detesto essas histórias sem fim, afinal, todo mundo precisa
de um ponto final para poder começar um novo parágrafo.
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